quinta-feira, janeiro 29, 2009

Os relacionamentos e os meios de comunicação

Um barzinho na quarta, um chopp com amigos, um teatro, um cinema
Ou...
Horas no telefone, conversas intermináveis no msn?

Minha irmã começou a paquerar um ex colega de trabalho meu pela internet.
Conto nos dedos de uma mão as vezes que eles sairam. Em contrapartida, é possível que eles tenham dias e dias juntos se somadas as horas que passaram juntos no msn.

Até onde vale a pena trocar a pela pelo fio?
Até onde a facilidade de comunicação dos dias atuais é realmente sentida?

Hoje, as pessoas esperam por ligações, por e-mails, por torpedos... e esquecem de passar no trabalho para pegar para almoçar, de aparecer em casa para trocar um beijo de boa noite, de fazer com que o estar junto valha a pena. E por mais emotions que existam na face da terra, nada substitui um sorriso vindo de quem você gosta. E não adianta, pela webcam não vale.

Temos que resgatar o carinho e o calor da presença. Isso é combustível para qualquer relação.
Muitas vezes as ações valem mais que as palavras.
A não ser quando são ditas ao pé do ouvido ;)

Pseudofeministas

- Por que uma moça linda como você não está namorando?
(Segunda vez que me perguntam isso hoje)

Será que o fato de ser bonita implica na necessidade de ter alguém do lado?
Sempre achei que querer namorar estivesse relacionado com o fato de existir alguém, no momento, que eu sentisse a necessidade de chamar de seu. Que eu sentisse a vontade simplesmente incontrolável de dizer "Te adoro" ou "Te amo" logo ao abrir os olhos e antes de ir dormir. Que fosse alguém com quem eu sentisse que valia a pena dividir meus momentos, meus segredos, minha vida (nas proporções devidas - claro). Mas, que, sobretudo, eu quisesse chamar de meu por simplesmente saber que, poderia voar o quanto fosse, ele só pousaria se fosse do meu lado.
Não quero estar com alguém por estar.

Sou uma pessoa que tem uma dificuldade peculiar em se desfazer completamente de relações. Isso quando, claro, não existe aquele motivo absurdo que me faça mentalizar um belo FILHA DA PUTA toda vez que o vir. E por esse motivo acho que estou sozinha no momento.
Existe uma pessoa!
Por mais que eu não esteja com ela agora.
Existe alguém!
É alguém com quem não estou por um motivo muito simples: Está morando do outro lado do país (e olhe que isso é longe pra caramba)

Mas, só de pensar nele eu derreto!
Não que eu não pense na possibilidade de conhecer outras pessoas.
Mas é que ainda não conheci nenhuma que se iguale a ele.
Só ele consegue adivinhar o momento certo de me ligar pra dizer: "tou pensando em vc. Para de trabalhar e conversa comigo 5 minutos. Só o que eu quero é ouvir sua voz".
Só ele consegue estar perto estando tão longe.

Esse é o meu motivo especial.
Ele é o meu motivo especial.

E as pessoas podem ter seus motivos.
Não é algo absurdo estar solteira.
Esse estigma criado me deixa estarrecida.
Minha amiga, recentemente, foi a um chá-de -panela e reencontrou todas as suas amigas do tempo do colégio. Todas casadas ou noivas.
O desesperador da situação não foi notar que era a única solteira do grupo. Foi o ar de piedade com que elas repetiam "Ainda está solteira? Tadinha!"
- Tadinha uma ova. Sou uma mulher linda, tenho uma carreira bem sucedida e namoro quando e quem eu quiser.

Mas, a pergunta que ela se fazia a todo momento era:

Onde está a tal sociedade feminista?
A sociedade moderna, em que as mulheres têm direitos iguais aos homens e assumem uma postura menos passiva emocionalmente. Ali, essa sociedade era pura utopia.
Ela estava diante de um bando de mulheres que reduziam a felicidade da vida ao fato de ter um homem (profissionalmente estável) ao seu lado.

Ahhhhhhhhhhhhhhh... essa pseudosociedade moderna!

Ain que saudade!
Onde está meu telefone mesmo?

domingo, janeiro 18, 2009


Essa semana fui a um evento.

Era um tanto arrumado e por isso, fazendo uso da moda (que eu amo) de longos, apesar de leves, coloquei meu vestido estampado e sai de casa.

Sou muito alta e, unindo isso ao modelito que eu usava, minha amiga me confidenciou.

- Tão te chamando de Donatela aqui. Mal sabem eles que sua personagem da Globo não é da novela das 8. Vc tá mais pra uma mistura das 3 irmãs. É sensível como a Suzana, se veste como a Dora (não vou negar - sou meio perua às vezes) e é desastrada ao extremo, como a Alma.


E olha...

Vou confessar.

Sou desastrada mesmo!


Quebro tudo, derrubo tudo, deixo cair tudo o que eu resolvo segurar...

Mas, principalmente, sou desastrada com sentimentos.

Nunca consigo colocar eles no lugar, empilhadinhos na estante do coração.

Eu troco de lugar, onde é amizade eu coloco a paixão.

Onde deveria ficar a paixão eu tento encaixar a amizade.

E por mais que as coisas não saiam certinhas, fica tudo ali, guardadinho, fazendo volume.

E quando eu menos imagino, um grãozinho de poeira de sentimento - que tem a gente conhece por palavra - faz cair tudo.

Às vezes, até a estantezinha quebra.

E lá vou eu consertar tudo de novo.

E tentar empilhar tudinho.

Quando eu vejo que tem coisa demais, deixo a mágoa e a raiva de fora.

Sobra um espaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaço!

E aí, aquele troca troca de sentimentos e a entrada de novos deixa tudo fora de ordem de novo.

Aiaiiii

Coração bagunçado!

Pessoinha desastrada!


(pelo menos, se quebrar de novo, consertar eu sei né?)

domingo, janeiro 11, 2009

Desabafo necessário - A difícil arte de perdoar...

Olha, apesar de o domingo ser um dia angustiante, tem um que de mágico nele.
Não é porque as pessoas ficam sem ter o que fazer e por isso resolvem pensar em todas as pendências que têm que resolver?
Deve ser.
Hoje fui surpreendida por um pedido de desculpas da minha irmã mais nova.
Brigamos feio há algum tempo e não estávamos nos falando.

O motivo: Antes cultivávamos uma relação mãe-filha tamanha que sempre cabia a mim a difícil tarefa de dizer não. E por ser nova e compreender todas as artimanhas da fase adolescente, eu conseguia dizer não para muitas das coisas que eu sei que não fazem bem pra ela mas que todas as amigas dela pensam o contrário.
- Fakes no orkut
- Fakes no msn
- 24h por dia no msn

(São só alguns exemplos)

Eu até compreendo que exista a necessidade de crescer e se relacionar de maneira madura.
Compreendo que sexo desperte curiosidade.
Mas, acho que isso exige muita maturidade. Maturidade que no auge dos seus 14 anos, ela não tem.
Ok... não me achem A TERRÍVEL que não quer que ela descubra nada na vida.
Só acho que não tem que ser assim atropelando tudo.
Sempre fui super aberta, ao ponto de eu mesma comentar de situações pessoais com detalhes... (até os mais sórdidos - alguns deles)
Portanto, essa necessidade quase que sobrehumana de extrapolar limites me tira do sério.

E pior ainda, essa vontade incessante de enganar a achar que tá por cima...
"Baby, a criança da história não sou eu"
Essa é que mais me irrita.
Então, pouco depois do Natal, ela explodiu em palavras agressivas e acusações desmedidas.
Olha que eu sou até tolerante... mas... aquela foi demais.
Sabe quando vc se sente machucada, magoada? Era esse o meu sentimento. Olha que eu não estou exagerando não. Foram palavras extremamente fortes. Fortes o suficiente pra eu não conseguir relevar os 14 anos dela e nem a rebeldia adolescente.

E eu tenho uma característica de comportamento. Eu evito brigar (pq sei agredir com palavras). Mas, eu me calo e me tranco. Não que eu não fale o que me incomoda mas, eu isolo da minha vida coisas ou pessoas que nao me fazem bem. E foi o que eu fiz com ela. Dói fazer o que eu fiz. Mas doeu menos que as palavras dela.

Hoje ela veio com uma conversa de querer pedir desculpas.
Eu perguntei o porque do pedido e pra ser sincera não tava com a menor vontade de conversar.
E conversou, falou que errou em falar o que falou, que se arrependia.
Mas, a coisa mais importante ela não soube responder: NO QUE ESSE TEMPO SEM CONTATO TINHA MUDADO O QUE ELA PENSAVA OU COMO ELA AGIA.

E essas historinhas de que "é preciso perdoar" e "perdoar é lindo" não funcionam se não forem verdadeiras. O perdão não é uma coisa fácil. E não pode ser da boca pra fora.
Não vou dizer que perdoo assim. Mas, ao menos disse que ia tentar mudar nossa relação.

E, quando eu tenho a esperança de que ela realmente vai tentar mudar, de que vai amadurecer e deixar de lado a pessoinha fútil em que ela estava se tornando, ela pede pra usar o computador e pouco antes de eu chegar, no receio de que eu olhasse as conversas dela no msn (provavelmente por estar incorrendo novamente em tudo o que eu abomino) ela apaga toda a pasta de registros de conversas do msn, apagando junto algumas conversas profissionais extremamente importante que eu tinha tido nos últimos dias.

Ai que raiva!
E pior... que decepção!

Olha, é assim mesmo que as coisas são? A gente precisa mesmo se frustar tanto com as pessoas?
Sei que eu estou sendo dura e sei que muitos dirão "ela só tem 14 anos" ou "ela é sua irmã"...
Mas, ela é bem esperta pra idade. Não aparenta a idade que tem em nenhum aspecto.
E moral não tem idade. E verdade não tem idade. Não precisa ser adulto pra honrar com a palavra que dá a alguém.
Sei ainda que estou extremamente passional nas minahs avaliações e, portanto, extremada, mas...
É difícil pensar diferente!

E porque isso me machuca tanto?
Pq tudo de quem a gente gosta toma proporções maiores. Alegra mais, incentiva mais e dói mais...

"Tudo é veneno, nada é veneno. A diferença está na dose!"

quinta-feira, janeiro 08, 2009

"E pra começar eu só vou gostar de quem gosta de mim"

Essa vida é uma coisa engraçada.
Sempre ouvi dizer que nós fazemos as nossas opções, nós definimos o que é prioridade.
E hoje eu paro pra pensar nessa realidade e em como a gente faz isso sem querer.
E uma outra realidade, a gente realmente não dá valor a quem gosta da gente.

Eu tou com alguns probleminhas de saúde.
Ele liga, manda msg, pergunta como estou, procura amigos, procura notícias.
Eu nunca lembro de ligar pra ele, de retornar as ligações...
Poxa, ele é tão legal! Gosta tanto de mim!
Pq raios esse coraçãozinho não bate mais forte quando ele liga?
Pq é que eu não lembro dele quando eu quero ir no cinema e fico pensando que eu gostaria de alguém pra segurar minha mão? Pra me dar um abraço?

Olha , eu estava [num desses momentos nada faz da vida] lendo um livro chamado "Ele simplesmente não está a fim de você"
Minha irmã tinha lido e comentado desse projeto.
As redatoras de Sex and the city [que eu amoooooooooo] se juntaram com UM [homem] outro colega e de uma conversa a respeito da vida amorosa de várias mulheres que elas conheciam nasceu esse livro. Elas narravam as desilusões amorosas de várias de suas amigas e ele só repetia "ele não está a fim dela", "ele não gosta dela".
A questão é essa: tomamos para nós a responsabilidade pelo sentimento dos outros. O problema não é a mulher, não é a roupa, o que eu gosta de fazer, as músicas que gosta de ouvir, se eu dei ou não no primeiro encontro... ELE SIMPLESMENTE NÃO ESTÁ A FIM DE VOCÊ se não te ligar, se não te proc urar, se não te convidar pra sair.
E ele não é safado, cachorro e sem vergonha por isso.
Ele simplesmente não quer. Não sentiu por vc o que vc sentiu por ele...

Do mesmo jeito que nós nos damos o direito de simplesmente não querer umas pessoinhas especiais que aparecem na nossa vida. E nos damos o direito de sofrer por quem "simplesmente não está a fim da gente"

Owww roda viva injusta essa!