domingo, janeiro 18, 2009


Essa semana fui a um evento.

Era um tanto arrumado e por isso, fazendo uso da moda (que eu amo) de longos, apesar de leves, coloquei meu vestido estampado e sai de casa.

Sou muito alta e, unindo isso ao modelito que eu usava, minha amiga me confidenciou.

- Tão te chamando de Donatela aqui. Mal sabem eles que sua personagem da Globo não é da novela das 8. Vc tá mais pra uma mistura das 3 irmãs. É sensível como a Suzana, se veste como a Dora (não vou negar - sou meio perua às vezes) e é desastrada ao extremo, como a Alma.


E olha...

Vou confessar.

Sou desastrada mesmo!


Quebro tudo, derrubo tudo, deixo cair tudo o que eu resolvo segurar...

Mas, principalmente, sou desastrada com sentimentos.

Nunca consigo colocar eles no lugar, empilhadinhos na estante do coração.

Eu troco de lugar, onde é amizade eu coloco a paixão.

Onde deveria ficar a paixão eu tento encaixar a amizade.

E por mais que as coisas não saiam certinhas, fica tudo ali, guardadinho, fazendo volume.

E quando eu menos imagino, um grãozinho de poeira de sentimento - que tem a gente conhece por palavra - faz cair tudo.

Às vezes, até a estantezinha quebra.

E lá vou eu consertar tudo de novo.

E tentar empilhar tudinho.

Quando eu vejo que tem coisa demais, deixo a mágoa e a raiva de fora.

Sobra um espaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaço!

E aí, aquele troca troca de sentimentos e a entrada de novos deixa tudo fora de ordem de novo.

Aiaiiii

Coração bagunçado!

Pessoinha desastrada!


(pelo menos, se quebrar de novo, consertar eu sei né?)

2 comentários:

Líviarbítrio. disse...

Por isso que muitas vezes nos sentimos sufocadas, não existe mais espaço e não conseguimos colocar tudo dentro de um saco de lixo para respirarmos.

Eu tenho uma mania horrível de guardar coisas antigas... fora e dentro do coração.

Coisas da vida.

Gostei daqui! ;)

Natália disse...

Rá! Eu também sou assim que nem a Livia. Tenho essa mania horrível de guardar um monte de tralha, principalmente dentro do coração.

Há de ser chegado o dia a faxina. :)

Beijo, querida