domingo, janeiro 11, 2009

Desabafo necessário - A difícil arte de perdoar...

Olha, apesar de o domingo ser um dia angustiante, tem um que de mágico nele.
Não é porque as pessoas ficam sem ter o que fazer e por isso resolvem pensar em todas as pendências que têm que resolver?
Deve ser.
Hoje fui surpreendida por um pedido de desculpas da minha irmã mais nova.
Brigamos feio há algum tempo e não estávamos nos falando.

O motivo: Antes cultivávamos uma relação mãe-filha tamanha que sempre cabia a mim a difícil tarefa de dizer não. E por ser nova e compreender todas as artimanhas da fase adolescente, eu conseguia dizer não para muitas das coisas que eu sei que não fazem bem pra ela mas que todas as amigas dela pensam o contrário.
- Fakes no orkut
- Fakes no msn
- 24h por dia no msn

(São só alguns exemplos)

Eu até compreendo que exista a necessidade de crescer e se relacionar de maneira madura.
Compreendo que sexo desperte curiosidade.
Mas, acho que isso exige muita maturidade. Maturidade que no auge dos seus 14 anos, ela não tem.
Ok... não me achem A TERRÍVEL que não quer que ela descubra nada na vida.
Só acho que não tem que ser assim atropelando tudo.
Sempre fui super aberta, ao ponto de eu mesma comentar de situações pessoais com detalhes... (até os mais sórdidos - alguns deles)
Portanto, essa necessidade quase que sobrehumana de extrapolar limites me tira do sério.

E pior ainda, essa vontade incessante de enganar a achar que tá por cima...
"Baby, a criança da história não sou eu"
Essa é que mais me irrita.
Então, pouco depois do Natal, ela explodiu em palavras agressivas e acusações desmedidas.
Olha que eu sou até tolerante... mas... aquela foi demais.
Sabe quando vc se sente machucada, magoada? Era esse o meu sentimento. Olha que eu não estou exagerando não. Foram palavras extremamente fortes. Fortes o suficiente pra eu não conseguir relevar os 14 anos dela e nem a rebeldia adolescente.

E eu tenho uma característica de comportamento. Eu evito brigar (pq sei agredir com palavras). Mas, eu me calo e me tranco. Não que eu não fale o que me incomoda mas, eu isolo da minha vida coisas ou pessoas que nao me fazem bem. E foi o que eu fiz com ela. Dói fazer o que eu fiz. Mas doeu menos que as palavras dela.

Hoje ela veio com uma conversa de querer pedir desculpas.
Eu perguntei o porque do pedido e pra ser sincera não tava com a menor vontade de conversar.
E conversou, falou que errou em falar o que falou, que se arrependia.
Mas, a coisa mais importante ela não soube responder: NO QUE ESSE TEMPO SEM CONTATO TINHA MUDADO O QUE ELA PENSAVA OU COMO ELA AGIA.

E essas historinhas de que "é preciso perdoar" e "perdoar é lindo" não funcionam se não forem verdadeiras. O perdão não é uma coisa fácil. E não pode ser da boca pra fora.
Não vou dizer que perdoo assim. Mas, ao menos disse que ia tentar mudar nossa relação.

E, quando eu tenho a esperança de que ela realmente vai tentar mudar, de que vai amadurecer e deixar de lado a pessoinha fútil em que ela estava se tornando, ela pede pra usar o computador e pouco antes de eu chegar, no receio de que eu olhasse as conversas dela no msn (provavelmente por estar incorrendo novamente em tudo o que eu abomino) ela apaga toda a pasta de registros de conversas do msn, apagando junto algumas conversas profissionais extremamente importante que eu tinha tido nos últimos dias.

Ai que raiva!
E pior... que decepção!

Olha, é assim mesmo que as coisas são? A gente precisa mesmo se frustar tanto com as pessoas?
Sei que eu estou sendo dura e sei que muitos dirão "ela só tem 14 anos" ou "ela é sua irmã"...
Mas, ela é bem esperta pra idade. Não aparenta a idade que tem em nenhum aspecto.
E moral não tem idade. E verdade não tem idade. Não precisa ser adulto pra honrar com a palavra que dá a alguém.
Sei ainda que estou extremamente passional nas minahs avaliações e, portanto, extremada, mas...
É difícil pensar diferente!

E porque isso me machuca tanto?
Pq tudo de quem a gente gosta toma proporções maiores. Alegra mais, incentiva mais e dói mais...

"Tudo é veneno, nada é veneno. A diferença está na dose!"

2 comentários:

Natália disse...

Nem se preocupe, que eu não vou dizer "ela só tem 14 anos" nem "ela é sua irmã".

No meu caso, eu sou a irmã mais nova. Nunca fui do tipo adolescente rebelde, como a sua irmã parece ser. Na verdade, eu sempre fui até ajuízada demais pra minha idade.

Conselho? (se é que ajuda de alguma coisa)
Deixa ela quebrar a cara. Ningué nunca morreu por causa disso. Não seja mãe nem irmã mais velha. Seja apenas irmã.

Um beijo

Natália disse...

Querida, qual é o seu email?
Tenho uma proposta pra te fazer. =)